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Ontem (28/11) foi noite de autógrafos da escritora Manoela Ferrari que lançou o livro “Unidos somos um” (Editora Jordem) que é o quarto livro da escritora para o público infantil e o 12º título de sua carreira literária, iniciada em 2011. A obra pretende despertar nas crianças a importância da coletividade. A edição, com editoração e arte de Iron Ribeiro, um lindo trabalho. Como á autora é querida estava lotada a Livraria Argumento no Leblon. 

No texto, os exemplos de unidade são elencados pelo Professor Nido numa aula de matemática sobre conjuntos. O interesse pela matéria será aguçado de forma diferente. Nido enumera exemplos que vão desde serviços prestados (como o da construção de uma casa) a curiosidades relacionadas ao Meio Ambiente, como a quantidade necessária de gotas para formar um oceano – sim, a ciência já fez essa conta.

Por se tratar de uma aula, ela acontece de forma interativa e isso inclui o leitor. Finda a leitura, a edição abre à criança a possibilidade de ela desenhar no próprio livro e traz, ainda, uma lista com curiosidades sobre os temas abordados. 

O fio que conduziu a jornalista Manoela Ferrari à Literatura evidencia o legado potente de sua trajetória no território da linguagem. Repórter do Jornal de Letras há 20 anos, essa capixaba que trocou o Espírito Santo para estudar Comunicação Social na PUC-Rio carrega a certeza de que a força da palavra não será plena se não estiver envolvida por um amplo espírito coletivo.

Sua escrita está profundamente ligada ao interesse pelo ser humano. Mãe de Rafaella, há 30 anos, e de Eduardo, há 27, impossibilitada de ter mais filhos por um problema de saúde, Manoela começou a dar aulas como voluntária para crianças do Dispensário Santa Terezinha, em 1998. Lá, criou os personagens que começaram a se materializar em livros, anos mais tarde.Até então,todas as publicações de sua autoria eram direcionadas ao público adulto.

Impedida de estar com seus alunos nas rodinhas de leitura, nos anos da pandemia, a saída para romper o distanciamento foi colocar no papel as estórias que, oralmente, vinham sendo contadas nas salas de aulas, sempre elaboradas a partir de temas pedagógicos. E, assim, nasceram “O medo amigo” (2021), “Um Pingo fora do lugar” (2021) e “A dinastia das Abelindas” (2022), todos lançados pela Jordem.

Para Manoela Ferrari, a leitura (e, no mesmo sentido, a escrita) somente faz sentido se for acompanhada da capacidade de construir, pela via do afeto, uma ponte entre o coração e a consciência. Não por acaso os temas que escolhe trazer à luz estão ligados a questões éticas e humanitárias.

Tecelã atenta de uma arte cujo instrumento é a linguagem, assumindo, desde o início de sua trajetória no jornalismo cultural, um rigoroso compromisso com a sintaxe, a escritora partilha o território comum de quem mergulha fundo na condição humana, cujo elo fundamental de ligação é a palavra.

 

Fotos José Olympio 

Katia Spolavori e Edmar Fontoura

 

Christovam Chevalier, Manoela Ferrari, Marcelo Borges

 

Manoela Ferrari e Alice Tamborindeguy

 

Manoela Ferrari e Sonia Simonsen

 

Manoela Ferrari e o filho Eduardo Ferrari Colombo

 

Manoela Ferrari e marido Antonio Abreu

 

Manoela Ferrari, Viviane Fernandes e Matheus Oliveira e Bayard Boiteux

 

Manoela Ferrari entre Ana de Paula e Sylvinha de Castro

 

Manoela Ferrari e Gigi Senna

 

Manoela Ferrari e Luiz Carlos Ritter

 

Manoela Ferrari e Rodrigo Trussardi

 

Manoela Ferrari e Vera Bangel

 

Manoela Ferrari

 

Renata Fraga, Zé Ronaldo, Cristina Aboim, Marcia Echeverria, Carla Pimentel

 

Tania Carvalho