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O jornalista Mauro Ventura assina o livro “Os Grandes Casos do Disque-Denuncia” ontem 07/11 na Travessa do Leblon

O jornalista premiado Mauro Ventura reúne os casos mais emblemáticos dos 28 anos do Disque Denúncia em livro-reportagem que revela os bastidores do serviço pela Editora Intrínseca e assinou o livro ontem na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.

Experiente na cobertura da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, Mauro Ventura acompanhou de perto o nascimento do Disque Denúncia, que desde sua criação, em 1995, recebeu quase 3 milhões de denúncias, que resultaram na prisão de mais de 20 mil bandidos e na apreensão de cerca de 42 mil armas e munições, além de 33 toneladas de entorpecentes.

Após três anos de pesquisa minuciosa, o jornalista reúne as ocorrências mais emblemáticas dos 28 anos da política de segurança mais longeva do Rio em Os grandes casos do Disque Denúncia, que chega às livrarias em novembro pelo selo História Real, da Intrínseca.

A obra foi concebida junto com Zeca Borges, amigo de Mauro Ventura e coordenador do serviço desde o início das operações até sua morte, em dezembro de 2021. “Orientado por Zeca, eu estava tranquilo. Ele não só conhecia as histórias de cabeça e tinha todos os contatos necessários como era um grande contador de casos. Lidava com os assuntos mais fúnebres e com o que havia de pior no ser humano, mas nunca se
deixava contaminar”, revela Ventura.

Com pleno acesso ao banco de dados e à equipe do Disque Denúncia, Ventura não apenas reconstitui os crimes como também a experiência de quem os vivenciou de perto: atendentes do DD, parentes das vítimas, policiais envolvidos nas investigações e promotores públicos.

“Eu sentia falta de um mergulho jornalístico mais profundo nos bastidores do serviço. Uma investigação que mostrasse o modus operandi de um trabalho marcado pelo sigilo, já que o anonimato não envolve somente os denunciantes — os próprios funcionários, por questões de segurança, escondem-se atrás de codinomes”, revela o autor, um dos “jornalistas-clientes” — profissionais da imprensa que recebiam informações em
primeira mão.

O livro-reportagem é um relato dramático não só dos crimes e do impacto na vida das vítimas e suas famílias, mas também do cotidiano dos profissionais que trabalham no Disque Denúncia. A tensão, os lances heroicos, as vitórias e derrotas, além da dedicação da equipe do serviço ganham vida na narrativa de Mauro Ventura.

Os bastidores de alguns dos casos mais representativos são revelados para o grande público: a maior apreensão de cocaína da história do Rio, a morte bárbara de uma criança de 6 anos, uma chacina de inocentes por policiais corruptos, sequestros midiáticos, tentativas de fuga de prisão cinematográficas.

Crimes solucionados graças ao DD — e à população, que aprendeu a confiar no serviço que jamais comprometeu o anonimato de um denunciante.

Conforme Ventura percebeu, o DD é visto pela sociedade como um canal de desabafo que pode receber qualquer tipo de assunto, de má prestação de serviço a denúncias de crimes, de protestos por conta de solicitações não resolvidas a confidências sobre depressão, de reclamações de barulho a contravenções em geral. Há uma fidelidade a ele. É como se fosse a última chance de dar certo. Nas palavras do atual coordenador, Renato Almeida, o Disque Denúncia é o “fio de esperança para o cidadão”.

Fotos Cristina Granato

O jornalista
Mauro Ventura

 

Família Ventura

 

Mauro Ventura e Andrea Pachá

 

Mauro Ventura , Carmen Mello , Fernanda Montenegro e Mary Ventura

 

Mauro Ventura , Ana Bela Paiva e Kathia Ferreira

 

Sergio Quintella e Mauro Ventura

 

Thereza Miranda, Fernanda Montenegro e Eva Doris