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Geometrismo e consciência ambiental marcam “O outro lado da superfície”, a mostra da artista visual carioca Myriam Glatt na Casa Contemporânea, em São Paulo

ABAMÓVEL1, Escultura de parede Interativa colagem de papelão pintado, 2019, dimensões variáveis - O outro lado da superfície
ABAMÓVEL1, Escultura de parede Interativa colagem de papelão pintado, 2019, dimensões variáveis

 

A artista visual Myriam Glatt apresenta a solo “O outro lado da superfície” a partir do dia  29 de julho de 2023 (sábado), 11h -17h, na Casa Contemporânea, na Vila Mariana, em São Paulo. Com texto crítico de Renato De Cara, a mostra reúne 25 obras recentes em vários suportes, como descartes de caixa de papelão, embalagens de produtos, jornais e pintura acrílica sobre tela.

Usando do Geometrismo como base da sua pesquisa, a artista resolveu, pela primeira vez,  trabalhar com suportes fora da tradição da pintura, escolhendo as caixas de papelão ao ver o excesso delas descartadas no seu bairro, no Rio de Janeiro, no dia da coleta dos recicláveis.

“Desde 2019, comecei a usar a caixa de papelão como um fim e não mais como um meio para representar algo. Eu respeitei as abas das caixas, que desde então vem permeando todas as minhas séries. Ela (aba) pra mim é uma possibilidade de criar uma escultura e a relação do neoconcretismo e o espectador participativo me interessava”, afirma Glatt, que apresenta a peça “AbaMóvel 1” em São Paulo, em que o público pode interagir.

No seu processo criativo, a artista desenvolve uma dualidade, entre a materialidade da escultura e a plasticidade da pintura, quebrando a questão de limites entre técnicas.

O outro lado da superfície
O outro lado da superfície

 

A peça cinética fez parte da série “AbaMóvel” apresentada no 11º Salão Artistas sem galeria na Galerias Zipper, Lona SP e Murilo Castro BH, que aconteceu em janeiro/2020, pouco antes da Pandemia de Covid-19. Ela foi premiada, ganhando 3º Lugar, no salão organizado pelo curador Celso Fioravante.

Na entrada, o visitante se depara com uma instalação de papelões que dialoga com a arquitetura da casa. A exposição culmina no segundo andar com cinco pinturas sobre tela, em grande formato, na série Abas (representadas no plano).

O outro lado da superfície
O outro lado da superfície

 

Sobre a artista visual
Myriam Glatt nasceu no Rio de Janeiro/BR, onde vive e trabalha. Estudou Arquitetura pela Santa Úrsula R.J., em 1980 e fez Pós-graduação em arte\filosofia Puc R.J., em 2014. Estudou arte no San Francisco Art Institute e no Santa Barbara City College, Ca USA (83/84). Estudou pintura/teoria no Parque Lage R.J. com Charles Watson (95/97), João Magalhães, Ivair Renaldim, Daniel Senise, Fernando Cocchiarale, Marcelo Campos (2008 a 2013). Participou de grupo de estudos dos curadores  Marcelo Campos (2015), da Daniela Labra (2017), Keyna Eleison (2018), Marisa Flórido (2019), Julia Lima SP (2021) e Paulo Pasta SP (2022).

Realizou uma dezena de solos, sendo os destaques: “Arquiteturas Instáveis” na Galeria da Cândido Mendes RJ, curadoria Paulo Sergio Duarte, em 2020/21; “Plano Pictórico Piloto” no Museu dos Correios Brasília, curadoria Ivair Reinaldim, em 2019; “descartes” no Centro Cultural Correios RJ, crítica curatorial Keyna Eleison, em 2017; “Flor, da contenção à Expansão” no Centro Cultural Correios Niterói, curadoria Isabel S.Portella, em 2017 e “Coletivos, manchas e contornos” na Galeria TAC, curadoria de Mario Gioia, em 2015.

Participou de diversas coletivas, como “Quadrantes da Miragem” no Ateliê 31, no Rio de janeiro com curadoria de Shannon Botelho, em 2023; “Artistas do papel” no Museu Judaico SP, curadoria Ruth Tarasantchi e Felipe Chaimovich, em 2023; “A alegria não é a prova dos nove” na Casa França Brasil RJ, curadoria Alexandre Sá, em 2022; 1º Salão de artes Visuais da Galeria Ibeu On Line, curadoria Cesar Kiraly, em 2021; “Nas águas que se escondem” no Espaço Cultural Correios Niterói, curadoria Marisa Flórido, em 2019; Arte Formatto – Espaço Bossa Cidade Jardim SP – curadoria Gisele Rossi e Lica Pedrosa, em 2018; “Carpintaria para Todos” – curadoria Marcelo Campos, Bernardo Mosqueira e Luisa Duarte, em 2017; Circuito Interno fevereiro na Fábrica Bhering, em 2017; “Qual é seu link?” no Centro M. Calouste Gulbenkian, Curadoria Lúcia Avancini e Marilou Winograd, em 2016; “Ponto Transição (Vade Retro Abacaxi)” na Fundição Progresso, Curadoria Xico Chaves, Luiza Interlenghi e Sonia Salcedo, em 2016 e “O Cortiço” na Galeria Ceperj, curadoria Marcelo Campos, em 2012.

O outro lado da superfície
O outro lado da superfície

 

Tem obras em coleções particulares e instituições brasileiras.
https://www.myriamglatt.com.br/

Sobre o curador
Renato De Cara é formado em Jornalismo pela PUC/SP, em 1985. Interessado em arte, cultura e moda, especializou-se em estética contemporânea, produzindo, escrevendo, editando e fotografando para marcas e veículos de comunicação. Hoje é curador do Paço das Artes, em São Paulo, e dá consultoria em arte e mentoria para vários clientes, artistas e instituições privadas.

Colaborou para jornais como Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo; revistas como Vogue, World Fashion, Select e Bravo; e estúdios de criação. Em 2006, criou a Galeria Mezanino e, até 2017, produziu e curou exposições individuais e coletivas, apresentando novos nomes e resgatando artistas em meio de carreira, cruzando linguagens e propondo novas abordagens no mercado de arte contemporânea.

O outro lado da superfície
O outro lado da superfície

 

Em 2018, foi convidado pela Secretário de Cultura da cidade de São Paulo, André Sturm, para assumir a direção do Departamento de Museus da Cidade, com 15 equipamentos em casas e prédios históricos, além de um importante acervo fotográfico, de bens móveis, de memória oral e, também, de arte popular, folclórica e etnográfica. A rede se configura como o Museu da Cidade de São Paulo. 
https://br.linkedin.com/in/renato-de-cara-615b6463

Sobre a Casa Contemporânea
Há 14 anos, a Casa Contemporânea é um espaço multidisciplinar que realiza exposições, encontros e debates sobre arte e assuntos correlatos. Idealizado por Marcia Gadioli, artista visual e por Marcelo Salles, arquiteto e curador, está instalada em um sobrado da década de 40 que, com adaptações pontuais, transformou-se em galeria para exposições de arte contemporânea e comercialização, além de atelier voltado à grupos de discussão e de estudos, propiciando a complementação da formação de artistas visuais.

É uma casa que acolhe novos artistas com interesse e produção em arte contemporânea e áreas afins. Um local para discutir, ver e pensar. https://casacontemporanea370.com/

SERVIÇO RÁPIDO
Mostra “O outro lado da superfície” da artista visual Myriam Glatt o quê: 25 obras em vários suportes: descartes de caixa de papelão, embalagens de produtos, jornais e pintura acrílica sobre tela texto crítico: Renato De Cara

abertura: 29 de julho de 2023 (sábado), 11h -17h visitação: 01 a 26 de agosto de 2023 (ter a sex,14-19h,  sáb 11h-17h)

onde: Casa Contemporânea
rua capitão macedo, 370
vila mariana – são paulo – sp – 04021-020
quanto: gratuito e livre
site: https://casacontemporanea370.com/

Redes sociais
Myriam Glatt: @myriamglatt
Renato De Cara: @renatodecara
Casa Contemporânea: @casacontemporanea370

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