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O programa “Verão na Vila” marca o início da temporada de exposições na Portas Vilaseca Galeria com a realização de projetos especiais de artistas e curadores convidados. Nesta segunda edição, o artista Marcone Moreira apresenta sua nova individual – “Fraturas” – com texto crítico do poeta e escritor Eucanaã Ferraz. 

Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano
Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano

 

Para além da mostra no espaço da galeria, também será inaugurada “Tábulas”, exposição pop-up do artista representado Arthur Palhano – com curadoria de Lucas Albuquerque e mentoria de Karla Portas – que acontece em um estúdio de cerâmica localizado na vila de casas onde também está situado o sobrado da Portas Vilaseca. 

Os dois eventos acontecem simultaneamente no dia 24 de fevereiro, sábado, a partir das 14h. A entrada é gratuita.

 

Fraturas

A exposição “Fraturas” aponta os desdobramentos e os novos caminhos da arrojada pesquisa de Marcone Moreira em torno do universo naval e irá ocupar dois andares da galeria com cerca de 20 obras, entre pinturas, objetos e instalações.

Sobre a pesquisa e a prática de Moreira, Eucanaã Ferraz comenta: “A paisagem marca toda a obra do artista. Viver onde vive – Marabá, cidade do sudeste do Pará, ponto de encontro entre dois grandes rios, Tocantins e Itacaiúnas – é seu bem mais precioso. Seus olhos estão ali.

É a realidade do lugar que define as linhas mestras do trabalho – pinturas, instalações, esculturas, fotografias, coisas. Mas a presença do vocabulário local se dá por meio de uma sensibilidade formal que remonta processos fundamentais das artes moderna e contemporânea. O mais flagrante: Marcone apropria-se da inteligência plástica popular em readymades originados de embarcações, caminhões, caixotes, caixas de isopor e outros objetos. No entanto, ou por isso mesmo, a paisagem aparece apenas como metonímia: pedaço, resto. Ou ainda, fratura, compreendida como forma fragmentária, mas não amorfa”.

Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano
Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano

 

Tábulas

A exposição pop-up “Tábulas” apresenta uma série de obras inéditas do artista Arthur Palhano, resultado de um processo imersivo conduzido e coordenado pela designer e ceramista Karla Portas em seu ateliê. Este espaço, situado na mesma vila que abriga a galeria, tem se revelado um ambiente propício para o desenvolvimento de uma abordagem investigativa em constante diálogo entre a cerâmica e a produção artística contemporânea.

Palhano troca o pigmento oleoso de suas telas por engobe, criando gordas massas de barro colorido sobre a qual cava, camada por camada, como o faz um arqueólogo que delimita seu campo de interesse na busca por um determinado artefato.

Em seu texto crítico, o curador da mostra Lucas Albuquerque comenta: “Entre a mão da ceramista que prepara a tábua, a espátula do artista que escava os estratos e o calor que tudo contrai, vislumbramos a dança de gestos em ziguezague pela superfície – ora fruto do rastro obsessivo da escavação, ora da fina camada de engobe que se dilata e deixa revelar a cor ao fundo, numa belíssima conversa entre duas ordens de vida: a humana e a mineral.

Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano
Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano

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SERVIÇO

 

VERÃO NA VILA apresenta:
“Fraturas” – Marcone Moreira (Texto crítico: Eucanaã Ferraz)
“Tábulas” – Arthur Palhano (Curadoria: Lucas Albuquerque | Mentoria: Karla Portas)
Sábado, 24 de fevereiro  | 14h – 18h
Exposição “Fraturas” segue em cartaz até 13 de abril
Visitação: de terça a sexta (11h – 19h) e aos sábados (11h – 17h)
Rua Dona Mariana, 137 – casas 2 e 8
Botafogo – Rio de Janeiro, RJ
Entrada gratuita

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Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano
Portas Vilaseca _ Karla Portas + Arthur Palhano

 

SOBRE OS ARTISTAS

 

MARCONE MOREIRA

1982 – Pio XII, MA, Brasil
Vive e trabalha em Marabá, PA, Brasil

Iniciou suas experimentações artísticas no final dos anos 90 e, a partir de então, vem participando de diversas exposições pelo país e no exterior. Sua obra incorpora várias linguagens, como pinturas, esculturas, vídeos, objetos, fotografias e instalações.

Sua pesquisa está associada à memória de materiais gastos e impregnados de significados culturalmente construídos. Na sua prática artística, desenvolve uma metodologia de trabalho em que interessa a apropriação, o deslocamento e a troca simbólica de materiais.

Sua obra está presente em importantes coleções institucionais brasileiras, entre elas: Museu de Arte do Rio – MAR; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM; Museu da Universidade Federal do Pará, Belém; Casa das Onze Janelas, Belém; Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM; Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte e Centro Cultural São Paulo.

Entre os prêmios e bolsas que recebeu, destaque para PREAMAR de Arte e Cultura – Produção e Circulação, Secult–PA (2020); Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística, Casa das Artes, Belém (2018); Programa Residências Artísticas, Fundação Joaquim Nabuco, Recife (2014); Bolsa de Estímulo à Produção em Artes Visuais, Funarte (2013);

Prêmio Marcantonio Vilaça, CNI/Sesi (2011); Prêmio Marcantonio Vilaça/Funarte (2010); Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística, Instituto de Artes do Pará, Belém (2009); premiado no XV Salão da Bahia, Salvador (2008); Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea, Funarte, Rio de Janeiro (2007); Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (2007); Bolsa Pampulha, Museu de Arte da Pampulha (2005) e Grande Prêmio no XXII Salão Arte Pará (2003).

 

ARTHUR PALHANO

1996 – Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Lives and works in São Paulo, SP, Brazil

As obras de Arthur Palhano assumem a forma de pinturas, objetos e esculturas. Em sua pesquisa e prática, ele investiga o diálogo simbólico entre objetos e a construção pictórica a partir de exercícios de subtração.

Em 2019, o artista participou do Programa de Formação e Deformação na renomada Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), no Rio de Janeiro, Brasil.

Suas obras fazem parte de importantes coleções particulares no Brasil. Mais recentemente, o artista foi comissionado para desenvolver uma obra que será incluída no acervo institucional do Museu Paranaense – MUPA, em Curitiba, PR.

 

PORTAS VILASECA GALERIA


A trajetória da Portas Vilaseca é sui generis no panorama da arte brasileira. Fundada por Jaime Portas Vilaseca, a galeria surgiu a partir da transformação de uma antiga e tradicional molduraria carioca em uma galeria de arte contemporânea focada na promoção de artistas com pesquisas e práticas experimentais. Em 2018, passa a ocupar um sobrado de três andares no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro.

O térreo mantém uma configuração museológica tradicional, enquanto os andares superiores focam em projetos artísticos experimentais, concebidos em diálogo com o espaço.

Atualmente, a galeria representa 23 artistas que compõem um panorama diverso da arte contemporânea brasileira emergente. Além de apoiar trabalhos experimentais, a Portas Vilaseca Galeria busca artistas engajados em questões atuais, como a luta antirracista, a expressão queer e os direitos LGBTQIA+, questões políticas e sociais, a crise climática e o cruzamento entre arte e as novas tecnologias.

Seus artistas têm presença em bienais internacionais, como a Bienal de São Paulo, Bienal de Veneza, Bienal do Mercosul, Bienal SESC_Videobrasil, e em exposições em instituições renomadas, incluindo Haus der Kunst (Munique/AL), Ikon (Birmingham/UK), Kunstraum Innsbruck (Innsbruck/AU), Galleria Nazionale de Roma (Roma/IT), Pinacoteca de São Paulo (São Paulo/BR), Inhotim (Brumadinho/BR), Museu de Arte de São Paulo – MASP (São Paulo/BR), Instituto Moreira Salles (São Paulo/BR), Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro/BR), Circuito SESC (São Paulo/BR) e Museu Afro Brasil (São Paulo/BR).

MAIS INFORMAÇÕES

Frederico Pellachin
Diretor de Comunicações e Relações Institucionais
Portas Vilaseca Galeria
fredericopellachin@portasvilaseca.com.br
+55 21 98336 1984

http://www.portasvilaseca.com.br/br/

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